Encontro-me desolada por não ter mais livros desse autor para ler.
Concluir Fedora me causou sentimentos conflitantes: ao mesmo tempo que gostei muito dessa obra, me sinto triste por esse ter sido o último livro do Thomas publicado por aqui.
Diferente dos outros 3 livros, esse é de contos. Tendo como pano de fundo estrelas de cinema, conhecemos de forma mais profundo esse outro lado que a fama trás e suas consequências para a vida dos nossos protagonistas.
FEDORA: que leva o nome
do livro é uma mulher de beleza estonteante. Há um segredo por trás de sua
beleza e juventude que instiga Barry e que depois de um longo tempo desvenda os
acontecimentos da trajetória de Fedora.
“... no caso de Fedora, a gente não se apaixonava só pelo rosto dela. A gente se apaixonava por toda ela – pela sua voz, pelo seu corpo, pelo seu talento, pelos seus gestos, por tudo que ela tinha de...” p.16
LORNA: o conto que me
causou mais tristeza por todos os acontecimentos na vida dela. Lorna nunca foi
uma artista que mais se destacou por seu talento, porém sua vida sempre esteve
em evidência. Tentando uma segunda chance, Lorna decide ir para uma ilha a fim
de reestruturar sua vida, mas o que acontece com ela me pegou desprevenida. Ao
finalizar a leitura me senti tão devastada que precisei ficar uns dias longe do
livro para conseguir me reestruturar e voltar a leitura.
“Doía-lhe, sentir que ninguém parecia gostar dela. Toleravam-na, mas não gostavam dela. ” p.147
BOBBITT: foi o conto que
eu menos gostei. Não conseguir simpatizar com Bobbitt, porém foi o único conto
que posso considerar que terminou com um final feliz.
“...você pode começar tudo de novo. Todo mundo pode. Todas as pessoas devem ter uma segunda chance, não importa o que tenham ou não feito. Talvez não uma terceira ou uma quarta chance, mas pelo menos uma segunda. É a única coisa que não se deve negar às pessoas. ” p.243
WILLIE: que surpresa foi
finalizar o livro com essa história, de todas foi a mais envolvente e a que
teve mais ação.
“Perseguido pelo passado, detestando o presente, apavorado com o futuro, ele tem conseguido se agarrar, à vida mas apenas pelos dentes...” p.260
Todos os contos acabam conversando entre si. Sempre tem um detalhe ou pessoa que passa por todos os contos. A construção da ambientação é tão rica com detalhes, nomes de filmes e livro, músicas dentre outros que é quase crível. Claro que teve vários elementos reais, já que escritor já foi também um ator.
O sentimento que permeia todos os contos é a solidão. O estar só que essas estrelas demostram. O quanto essa jornada nesse meio é árdua, sempre sendo vigiados (de diferentes formas) e não se sentidos realizados. Soa as vezes muito pessimista esse meio, mas pelos contos foram raras as vezes que se teve momentos felizes entre nossos protagonistas.
Uma das coisas que mais admiro nesse escritor e a sua capacidade extraordinária de criar personagens femininas únicas e que se destacam mesmo não sendo a protagonista. Toda a construção da personalidade das mulheres por Thomas Tryon é surreal.
Finalizo a leitura dessa obra realizada, por ter tido a oportunidade de ler todos os livros do Thomas Tryon. Foi uma jornada sensacional.
Oie minha linda! É ruim quando acabam os livros dos autores q gostamos, né? Gosto muito d livros d contos, quero ler.
ResponderExcluirBeijos,
Paloma Viricio💫💙
Muito ruim, ficou um vazio. Por outro lado fiquei feliz por ter lido muita coisa boa.
Excluir:)
Bobbit é o de final mais surpreendente.
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